Cem mil pessoas por dia, cinco palcos e três lendas do rock no mesmo domingo. É esse o tamanho da aposta do The Town 2025 em 7 de setembro, quando Green Day, Iggy Pop e Bruce Dickinson comandam o Autódromo José Carlos Pace, em Interlagos, na zona sul de São Paulo. A data coloca o festival no radar global e empurra a cidade para um fim de semana de agenda lotada e hotéis cheios.
Filho direto do time que criou o Rock in Rio, o The Town nasceu em 2023 com o objetivo de firmar São Paulo no circuito dos megaeventos musicais. A escolha por Interlagos, palco de grandes festivais e do GP de Fórmula 1, oferece espaço para cenografias grandes, som de arena e fluxos amplos de público — um combo que combina com superproduções.
O domingo é dos veteranos que moldaram o rock moderno. O Green Day chega com a energia que acostumou a carregar estádios desde os anos 1990, com refrões que o público sabe de cor e uma performance acelerada de Billie Joe Armstrong, Mike Dirnt e Tré Cool. Para a base brasileira de fãs, é a chance de ver a banda em um palco pensado para shows grandiosos, com pirotecnia, telões e coro coletivo.
Iggy Pop dispensa apresentações. Chamado de padrinho do punk, ele carrega cinco décadas de influência e uma presença de palco que segue crua e elétrica. Em festivais, o impacto é sempre físico: banda afiada, canções diretas, poucos discursos e muito suor. Para quem nunca viu, é a aula definitiva de como o punk se transformou em linguagem universal.
Bruce Dickinson, voz do Iron Maiden, leva sua carreira solo para o foco. Depois de lançar um álbum solo em 2024, ele vem com a força vocal que o colocou entre os grandes do metal e o costume de costurar teatralidade, narrativa e peso. Os fãs esperam uma combinação de novas faixas e momentos que mostram por que ele é referência há décadas.
A curadoria do dia se espalha por cinco palcos com identidades próprias. O Skyline recebe os headliners e produções mais grandiosas; The One costuma apostar em shows com acabamento mais intimista e propostas conceituais; o Quebrada abre espaço a ritmos urbanos e encontros brasileiros; The Tower foca experiências visuais e sonoras com estética própria; e a São Paulo Square traz o clima de praça, com surpresas ao longo do dia. A ideia é permitir que cada público encontre uma casa dentro do festival.
Além das atrações internacionais, o domingo mescla nomes contemporâneos e brasileiros para criar respiro entre os grandes shows. Essa combinação ajuda a contar uma história musical contínua ao longo do dia, unindo gerações e estilos, e evita que o público fique preso a um único gênero.
Os ingressos custam R$ 975 por dia, com preço único para todas as datas. A organização reforça que a venda acontece exclusivamente pelos canais oficiais da Ticketmaster Brasil. A recomendação é clara: evite cambistas e revendedores não autorizados para não cair em golpes e não ter problemas na entrada.
A expectativa é de 100 mil pessoas por dia. Isso exige planejamento de deslocamento. Interlagos é atendido pela Linha 9-Esmeralda da CPTM (Estação Autódromo) e por corredores de ônibus que funcionam bem em dias de evento. Para quem pensa em carro, a dica é checar antecipadamente as ruas bloqueadas e vagas oficiais — a região costuma ter alterações de tráfego e fiscalização intensa.
Em estrutura, o padrão de festivais desse porte inclui áreas de descanso, pontos de atendimento médico, banheiros distribuídos por setores, sinalização ampla e praça de alimentação com cardápios variados (com opções vegetarianas e veganas). Essa logística ajuda a diluir filas e dá conta do fluxo entre palcos, principalmente nos intervalos dos shows principais.
Quer aproveitar melhor o dia? Pequenos cuidados fazem diferença:
Com o calendário de feriado próximo e a marca forte do festival, o impacto vai além do autódromo: bares e restaurantes da cidade ampliam horários, hotéis ajustam tarifas e turismos de bairro ganham movimento. Para o público, é a chance de transformar o domingo em maratona cultural com shows de alto nível e atmosfera de cidade tomada pela música.
A segunda noite do The Town 2025 mira alto e entrega um recorte claro: o rock em suas diferentes faces, do punk visceral à grandiosidade do metal, com espaço para experimentações e diálogos locais. São Paulo já se organiza para receber o público global, e a data de 7 de setembro entra no calendário como um dos encontros mais aguardados do ano para quem vive de música ao vivo.