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The Last of Us: Quando e como Tess morre na série da HBO?

Postado 21 abr by Tatiana Silva 0 Comentários

The Last of Us: Quando e como Tess morre na série da HBO?

Tess em The Last of Us: Mudanças que mexem com o público

Quem acompanhou a adaptação de The Last of Us na HBO percebe logo no início o peso que Tess carrega na história. Interpretada de forma intensa por Anna Torv, ela não é só mais uma sobrevivente — é a ponte entre o passado sombrio e o futuro incerto de Joel e Ellie. Na série, sua morte no Episódio 2 pegou todo mundo de surpresa pela forma como foi retratada.

No jogo, Tess já deixa sua marca ao se sacrificar para Joel e Ellie seguirem em frente, enfrentando soldados armados da FEDRA. Mas na série, a história muda: não são militares, mas sim infectados determinados pelos cordyceps que encurralam a personagem. Isso muda tudo. Enquanto no game o tom é de resistência armada, a série mergulha na ideia de vulnerabilidade pura, colocando Tess diante do avanço inevitável da infecção.

E se tem uma cena que fez muita gente perder o sono, foi o tal 'beijo' do infectado na Tess. Ao invés de simplesmente ser atacada, ela recebe esse contato próximo e desconfortável, enquanto o fungo se propaga. Um momento que mistura terror corporal e emoção, dificultando saber se o medo maior é do inimigo ou do próprio destino. A direção da série aposta nessa diferença visual e simbólica: quem assiste sente o horror e a entrega, reforçando o peso do que está em jogo naquele universo pós-apocalíptico.

Antes desse desfecho, Tess já suspeitava que tudo estava perdido. Ela, Joel e Ellie chegam à base dos Vagalumes e percebem que o esconderijo foi abandonado. Ferida e já infectada, Tess toma a decisão de ficar para trás. Não se trata de coragem destemida, mas de alguém que aceita o fim para garantir uma chance ao próximo. É o tipo de sacrifício que mexe até com quem não acompanhou a franquia nos videogames.

Anna Torv entrega uma atuação marcante que mistura força e resignação. Tem raiva, dor, mas também aquele senso de missão cumprida — ela sabe que Joel e Ellie precisam continuar. A série é cuidadosa em mostrar cada nuance desse momento, tornando impossível para o público ignorar a humanidade perdida aos poucos no apocalipse. O último olhar da Tess diz tudo: ela não se renderia, mas entende que, para o mundo seguir, alguns precisam parar no caminho.

O impacto da morte de Tess para Joel, Ellie e o público

A morte de Tess transforma a jornada. Joel, que já era endurecido pelo trauma, perde a última pessoa de confiança restante. O choque faz crescer ainda mais o senso de responsabilidade que ele passa a sentir. Ellie, por outro lado, vê de perto o preço do sobrevivencialismo — não há glamour em sobreviver, só escolhas amargas.

Esse episódio mostra que The Last of Us aposta menos em batalhas espetaculares e mais na crueza da sobrevivência. A diferença entre a série e o jogo fica clara: aqui, a ameaça é muito mais física e existencial, fugindo dos clichês de ação e apostando num terror silencioso, quase íntimo.

Para quem já conhecia a trajetória de Tess nos jogos, a adaptação televisiva surpreende ao levar aquela personagem a um novo patamar emocional. Não é só mais uma morte num mundo devastado; é um aviso de como cada sacrifício ali tem consequências reais para quem fica. Do lado de cá da tela, impossível não se perguntar: até onde cada sobrevivente vai para ajudar o outro a seguir?

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