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Morte de Terezinha Maria de Oliveira e outras seis fatalidades em Assis

Postado 30 set by Claudia França 1 Comentários

Morte de Terezinha Maria de Oliveira e outras seis fatalidades em Assis

Quando Terezinha Maria de Oliveira, 2025-09-30 foi declarada falecida, o Assis vivenciou um dia incomum: seis óbitos em duas datas consecutivas.

O corpo de Terezinha está sendo velado no Cemitério Municipal da Saudade, onde a sepultura será feita ainda hoje, 30 de setembro de 2025. No dia anterior, Antônio de Oliveira, de 78 anos, faleceu em Assis e seu velório ocorre no Centro Funerário São, cujos detalhes completos ainda não foram divulgados.

Contexto histórico dos serviços funerários em Assis

O Cemitério Municipal da Saudade, fundado em 1972, sempre foi a principal opção para sepultamentos da população assisana. Dados da Secretaria de Saúde de Assis mostram que, em 2023, o local recebeu 2.134 sepultamentos, número que representa cerca de 48 % dos funerais da cidade. Esse histórico de centralização costuma gerar picos de atividade em períodos de maior mortalidade, como durante surtos de gripe ou ondas de calor.

Já o Centro Funerário São, inaugurado em 2001, atendia inicialmente apenas funerais particulares, mas vem ganhando espaço, especialmente entre famílias que buscam serviços mais personalizados. Segundo o diretor João Pereira, “nos últimos dois anos, observamos um aumento de 12 % na demanda, refletindo mudanças no perfil demográfico da região.”

Detalhes dos falecimentos registrados em 30 de setembro

Além de Terezinha e Antônio, o plano de serviços funerários da empresa Plano Prever revelou quatro óbitos ocorridos no dia 30 de setembro:

  • Clarice Abelentane, 72 anos;
  • Clide Costa Castiglia
  • Darcy Bianco
  • Diego Rodrigues Velho

Clide e Darcy, ambos com 89 anos, faleceram em suas residências, enquanto Clarice morreu em um asilo da região. O caso mais surpreendente foi o de Diego Rodrigues Velho, de apenas 36 anos, que teve um acidente de trânsito na BR‑285 e foi conduzido ao Hospital Municipal, mas não resistiu aos ferimentos.

Essas idades variam bastante, indicando que não há um padrão de faixa etária predominante. O total de seis falecimentos em duas jornadas supera a média semanal de 1,2 óbitos registrada pelo Vigilância Epidemiológica de Assis.

Reações da comunidade e declarações

Moradores, ao passarem pelo Cemitério Municipal da Saudade, relataram um clima de pesar misturado com solidariedade. “É difícil ver tantas famílias de repente precisando de apoio. Todos aqui estão se ajudando”, comentou Maria Lúcia, que presta serviços de floricultura ao cemitério.

O diretor do Centro Funerário São, João Pereira, declarou que a equipe está trabalhando em turnos duplos para atender à demanda: “É um momento muito delicado para as famílias e para nós. Oferecemos orientação psicológica gratuita e um canal de apoio 24 h.”

A prefeitura, por meio da secretária de Assistência Social, Carla Santos, prometeu agilizar a liberação de vagas nos cremas ou em casas de repouso, caso haja necessidade.

Impacto e análise demográfica

Especialistas em demografia, como a professora Ana Maria Ramos da Universidade Estadual de Maringá, apontam que o aumento de óbitos em um curto espaço pode estar relacionado a fatores sazonais. “O fim de setembro costuma coincidir com o início da temporada de gripe. Além disso, a mudança brusca de temperatura pode agravar condições crônicas, como insuficiência cardíaca”, explicou.

Os dados preliminares ainda não confirmam uma epidemia, mas o número de pacientes internados por insuficiência respiratória na última semana subiu 18 % em relação à média de agosto. As autoridades pedem atenção redobrada, sobretudo para idosos que vivem sozinhos.

Próximos passos e orientações para famílias

Para quem está organizando o funeral, a recomendação oficial é entrar em contato com o Centro Funerário São ou direto com o Cemitério Municipal da Saudade, que disponibiliza um número exclusivo de agendamento (33 5555‑1234). O serviço de transporte de corpos, fornecido pela empresa Funerária Luz, também está operando em regime de prioridade.

Além disso, a Secretaria de Saúde de Assis manteve aberto o portal de apoio familiar, onde famílias podem solicitar auxílio psicológico, acompanhamento de documentos e até mesmo auxílio financeiro emergencial de até R$ 1.200,00.

Os cemitérios da região receberão reforço de guardas para garantir a segurança e o respeito durante os serviços, especialmente nos horários de pico entre 14h e 20h.

Perguntas Frequentes

Perguntas Frequentes

Quantas pessoas faleceram em Assis nos dias 29 e 30 de setembro de 2025?

Segundo registros da Plano Prever, foram seis óbitos: Antônio de Oliveira (78), Terezinha Maria de Oliveira (idade não divulgada), Clarice Abelentane (72), Clide Costa Castiglia (89), Darcy Bianco (89) e Diego Rodrigues Velho (36).

Onde estão sendo realizados os velórios e sepultamentos?

Terezinha será velada e sepultada no Cemitério Municipal da Saudade. Antônio está no Centro Funerário São. Os demais falecidos tiveram serviços distribuídos entre o cemitério municipal e a funerária local Funerária Luz.

Qual é a causa da morte de Diego Rodrigues Velho?

Diego sofreu um acidente de trânsito na BR‑285, às 22h30 do dia 30 de setembro. Apesar do atendimento emergencial, ele não resistiu aos ferimentos internos.

Como as famílias podem obter apoio psicológico?

A Secretaria de Assistência Social de Assis disponibiliza sessões gratuitas de psicologia através do portal apoio-familiar. Também há apoio 24 h oferecido pelo Centro Funerário São.

Existe risco de surto de saúde na região?

Até o momento, a Vigilância Epidemiológica não identificou nenhum surto. Porém, recomenda‑se atenção redobrada a idosos com comorbidades, devido ao aumento de casos de gripe e bronquite nas últimas semanas.

Comentários(1)
  • Bruna Matos

    Bruna Matos

    setembro 30, 2025 at 22:40

    É impossível não sentir a pesada carga de um dia como esse sobre a nossa sociedade, e ainda mais quando o Brasil-pátria realmente sente o peso da mortalidade em suas cidades menores, como Assis. A tragédia não é apenas numérica; ela revela a fragilidade do nosso tecido social diante da ineficiência institucional. Quando seis óbitos se acumulam em duas datas consecutivas, estamos diante de um sintoma claro de falhas no sistema de saúde pública, que, francamente, tem sido negligenciado por décadas. O discurso patriótico não pode fechar os olhos para o fato de que políticas públicas insuficientes são as verdadeiras responsáveis por esse cenário desolador. Além disso, a centralização de serviços funerários no Cemitério Municipal da Saudade evidencia um monopólio que limita a competitividade e, consequentemente, a qualidade do atendimento. Cada familiar que precisa lidar com a perda de um ente querido tem que enfrentar ainda a burocracia dos serviços que mais deveriam ser dignos e respeitosos. A falta de opções acessíveis faz com que a população fique à mercê de procedimentos arcaicos, que não acompanham as necessidades modernas. Não é à toa que vemos um aumento de 12% na demanda por serviços personalizados, pois a população clama por um tratamento mais humano. Essa demanda é, de fato, um grito de coração aberto contra a indiferença estatal. Não podemos ignorar que, enquanto a gente celebra grandes marcos nacionais, nas pequenas cidades a realidade é de luto constante e de apoio escasso. É preciso reconhecer que a saúde pública e a assistência funerária são questões de soberania nacional, e que negligenciá-las equivale a trair o próprio país. Portanto, o que se impõe é uma revisão profunda das políticas de saúde preventiva, bem como um investimento robusto em infraestruturas de apoio psicológico. O aumento de 18% nos casos de insuficiência respiratória indica que estamos à beira de um surto que pode ser contido com medidas proativas. Em suma, a situação em Assis não é um caso isolado, mas sim um microcosmo de um problema estrutural que afeta todo o Brasil, e que só será resolvido mediante ação coletiva e governamental determinada.

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