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São Paulo bate o Inter no Beira-Rio: 2 a 1 e quinta vitória seguida no Brasileirão

Postado 1 set by Claudia França 0 Comentários

São Paulo bate o Inter no Beira-Rio: 2 a 1 e quinta vitória seguida no Brasileirão

Como foi o jogo

Em uma noite em que a bola parada valeu ouro, o São Paulo venceu o Internacional por 2 a 1 no Beira-Rio e emendou a quinta vitória seguida no Brasileirão. Arboleda abriu o placar de cabeça no fim do primeiro tempo, D. Bobadilla ampliou aos 32 da etapa final, e Bruno Tabata descontou de pênalti aos 43 do segundo tempo. A vitória fora de casa consolidou o bom momento tricolor e interrompeu a sequência de quatro jogos sem perder do Inter no campeonato.

Roger Machado mexeu bastante no time colorado. Sem Vitão (suspenso), com Alan Patrick preservado por quadro viral e Bruno Henrique em tratamento após pancada no jogo anterior, o Inter foi a campo no 3-5-2. Mercado, em seu primeiro jogo de 2025, formou a zaga com Clayton e Juninho. Nas alas, Alan Benítez e Bernabei. O meio teve Luis Otavio, o estreante Alan Rodríguez e Bruno Tabata, com Valencia e Borré no ataque. A ideia era ter mais sustentação atrás e chegar com volume pelos lados, mas a execução falhou nos detalhes que decidem.

O primeiro tempo foi equilibrado e mais travado do que fluido. O Inter conseguiu empurrar o São Paulo para o próprio campo em alguns momentos, principalmente quando Tabata e Alan Rodríguez juntavam passes por dentro para acionar Valencia e Borré em diagonais curtas. Faltou capricho no último passe. Do outro lado, o time de Hernán Crespo mostrou paciência, não se expôs e esperou o momento certo. Quando a chance veio, num escanteio bem batido por Enzo, Arboleda subiu mais que todo mundo e testou firme para fazer 1 a 0 no apagar das luzes da primeira etapa. Falha de marcação por zona, espaço no primeiro pau e castigo para quem não limpa a área.

Na volta do intervalo, o Inter adiantou as linhas e tentou acelerar pela esquerda com Bernabei. Luis Otavio buscou conduzir para romper a primeira pressão e abrir a jogada nas alas, mas o São Paulo protegeu bem a área. A equipe paulista fechou os corredores, encurtou distâncias, e os zagueiros ganharam a maioria das disputas aéreas. O jogo ficou com cara de quem marcasse o segundo levaria os três pontos.

E foi exatamente o que aconteceu. Aos 32 do segundo tempo, novo escanteio cobrado por Enzo. A bola desviou em Luciano, sobrou para Ferraresi dentro da área, e o zagueiro só rolou para D. Bobadilla concluir com categoria. Foi um gol construído no rebote da bola parada, com leitura rápida e frieza dentro da área. Mais uma vez, a defesa colorada reagiu tarde ao segundo lance da jogada.

Mesmo atrás por dois gols, o Inter não desabou. Roger lançou o time à frente, e Tabata assumiu ainda mais o protagonismo. A pressão deu resultado aos 43 do segundo tempo: pênalti para o Colorado, convertido por Bruno Tabata, que bateu com segurança. O gol inflamou o Beira-Rio e abriu uma reta final de abafa. Faltou tempo para transformar a reação em empate.

O recorte tático explica a noite. O 3-5-2 do Inter deu casca defensiva, mas expôs uma fragilidade conhecida: proteção na bola aérea e atenção ao segundo lance. Mercado, em reestreia, mostrou liderança, porém ainda sem ritmo para todos os duelos. Alan Rodríguez, no primeiro jogo, alternou bons tempos de posse com dificuldades na recomposição. Valencia e Borré se movimentaram, mas tiveram pouco serviço limpo dentro da área. Quando a chance apareceu, foi de pênalti.

Do lado tricolor, a engrenagem funcionou. A equipe não precisou amassar o adversário para ser perigosa. Foi pragmática, competitiva e cirúrgica nas jogadas paradas, muito pela qualidade de Enzo nas cobranças e pela força de Arboleda e Ferraresi no choque. Luciano participou bem do segundo gol com o desvio que desmontou a linha de marcação, e D. Bobadilla definiu como quem sabe se posicionar em espaço curto.

A vitória também passa pelo planejamento. Crespo descansou titulares na Copa do Brasil e conseguiu um time mais fresco em Porto Alegre. Roger, por sua vez, precisou repartir forças entre as competições, preservou peças importantes e armou um elenco misto, que competiu, mas não sustentou a concentração até o fim. No detalhe, o plano do São Paulo foi mais limpo e eficiente.

Tabela, próximos jogos e contexto

Tabela, próximos jogos e contexto

Com o resultado, o São Paulo chegou a 25 pontos e segue em 8º lugar, agora mais perto do G-6. A distância para o Red Bull Bragantino, que ocupa a última vaga da zona de classificação para a pré-Libertadores, caiu para dois pontos. A fase é boa, e a série de cinco vitórias seguidas confirma uma curva de ascensão que se sustenta em consistência defensiva e bolas paradas fortes.

O Internacional estacionou nos 21 pontos e caiu para a 13ª colocação. Além de ver a invencibilidade de quatro jogos no Brasileirão chegar ao fim (três vitórias e um empate), o time sai com um alerta claro: ajustar a marcação em escanteios e faltas laterais. Em um campeonato equilibrado e de poucos espaços, esse detalhe custa caro.

Agora, as atenções se voltam à Copa do Brasil. O São Paulo visita o Athletico-PR com a vantagem de jogar pelo empate para avançar às quartas. A gestão de minutos deve seguir como prioridade, já que o calendário aperta e a equipe chega embalada. O Inter, por sua vez, vai ao Maracanã precisando vencer o Fluminense na quarta-feira, às 21h30, para continuar vivo na competição. A missão é dura, e a resposta passa por recuperar peças, organizar melhor as coberturas defensivas e potencializar Tabata, Valencia e Borré no terço final.

O recado da noite no Beira-Rio é simples e direto: jogos grandes são decididos por concentração e execução. O São Paulo foi preciso nas duas áreas. O Inter, competitivo em vários momentos, não sustentou o foco nos lances-chave. No Brasileirão, isso separa quem sobe a tabela de quem patina.

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