Logo nos primeiros 25 minutos, foi o Liverpool que impôs seu ritmo no estádio St. Mary's. O coletivo trabalhou bem nas laterais e, na 23ª minuto, o cruzamento preciso de Trent Alexander‑Arnold encontrou Darwin Núñez, que varreu a bola com frieza dentro da área. O golaço saiu após uma leve queda da bola, mas o atacante soube aproveitar a posição e fechar com autoridade.
O astral aumentou ainda mais quando, menos de dez minutos depois, Harvey Elliott recebeu um passe filtrado entre dois marcadores e finalizou com força. O chute bateu levemente em um defensor, mas viu o fundo das redes, garantindo o segundo gol. Para Elliott, que vinha de uma temporada marcada por lesões, foi um dos poucos momentos de brilho completo.
Com 2 a 0 no placar, o Liverpool parecia ter deixado o jogo decidido. O meio‑campo circulava a bola com rapidez, os laterais avançavam e criavam sobrecarga nas linhas laterais, enquanto a defesa dos Saints mostrava sinais de fraqueza, especialmente na transição. O guarda‑redes Alex McCarthy, ainda que bem posicionado, não teve muitas chances reais de brigar pela bola.
Saindo do intervalo, o Southampton recuou para o vestiário com a necessidade de mudar a postura. O técnico interino reorganizou a equipe, colocando Cameron Archer mais avançado e incentivando a pressão alta. O resultado foi visível ainda nos três primeiros minutos da segunda etapa, quando Archer encontrou espaço entre os zagueiros e, na 59ª minuto, aproveitou uma indecisão defensiva do Liverpool para empurrar a bola para o fundo das redes.
O gol serviu de catalisador. Nas proximidades, o estádio vibrou, a torcida dos Saints explodiu em cantos e o time começou a gerar oportunidades ameaçadoras. Alex McCarthy elevou o nível, realizando defesas importantes, sobretudo um reflexo impressionante de um chute de Federico Chiesa que parecia inevitável.
Embora o Liverpool ainda tivesse a posse e tentasse controlar o ritmo, a resistência defensiva dos Saints foi decisiva. Taylor Harwood‑Bellis, em particular, realizou bloqueios críticos que impediram que Diogo Jota completasse a vantagem. Jarell Quansah também se destacou ao retirar bolas perigosas antes que elas alcançassem a área.
Nas últimas quinze minutos, o Liverpool buscou o contra‑ataque. Chiesa bateu forte, mas o chute viajou rente à trave. Jota tentou um passe em profundidade que foi interceptado, e o time acabou escapando por pouco de um empate. Quando o apito final soou, o placar permanecia em 2 a 1, garantindo a classificação dos Reds.
O resultado deixa o Liverpool firme na busca pela defesa do título da Caraboo Cup, com o técnico Arne Slot mostrando que sua equipe sabe impor o jogo e também reagir quando pressionada. Para o Southampton, apesar da derrota, a partida oferece um ponto de partida encorajador: a equipe demonstrou capacidade de lutar contra adversários de elite e pode usar essa energia nos próximos compromissos.