Ex-jogador do Flamengo alerta para surpresas de Estudiantes na Libertadores

Em entrevista exclusiva, o ex-atacante do Flamengo, que brilhou nos últimos anos da década passada, fez um alerta firme antes da segunda partida de volta contra o Estudiantes de La Plata. Flamengo entra em campo carregando a vantagem de 2 a 1 conquistada no jogo de ida, mas o ex-jogador enfatiza que a partida ainda está longe de ser decidida.

Por que Estudiantes representa perigo

Segundo o ex-cruz-maltino, o elenco argentino tem se mostrado mais organizado defensivamente nos últimos encontros da fase de grupos, especialmente contra equipes que preferem o contra-ataque rápido. "Eles não têm o nome de gigante, mas a disciplina tática deles é impecável. Quando o Flamengo baixar a guarda, o Estudiantes aproveita a bola parada e o espaço nas laterais", explicou.

Ele ainda pontua que o técnico de La Plata tem trabalhado um sistema de três zagueiros que tenta fechar os corredores centrais, forçando os laterais a ficar mais avançados e, assim, vulneráveis a contra-ataques. O ex-atleta sugere que o Flamengo deve explorar a largura do campo, usando os pontas para abrir a defesa e criar oportunidades de cruzamento.

Aspectos táticos que o Flamengo precisa ajustar

O especialista ressalta que o time carioca tem sido excessivamente dependente de jogadas individuais, o que pode ser neutralizado por um clube que estudou meticulosamente os padrões de passe do rubro-negro. "É hora de voltar ao coletivo, ao triangulamento rápido, e não ficar preso a dribles que não geram gol", alertou.

Ele recomenda ainda uma postura mais agressiva no meio-campo, pressionando a saída de bola dos argentinos. O ex-jogador acredita que Vanderlei, a marcação de Bruno Henrique e a velocidade de Arrascaeta podem ser decisivas se combinadas com um bloqueio mais firme dos volantes.

Quanto à escalação, o ex-Flamenguista sugeriu que o técnico mantenha a dupla de zagueiros mais experiente, mas que insira um meia mais criativo para quebrar a linha de três. "Um toque de improviso pode mudar o ritmo do jogo", afirmou.

• Manter a pressão alta nos primeiros 20 minutos para evitar que o Estudiantes se consolide.
• Utilizar laterais ofensivos apenas com cobertura de meio-campo para não abrir brechas.
• Explorar os cantos de escanteio, já que a equipe argentina tem histórico de falhas nesses momentos.

O ex-jogador encerrou seu alerta lembrando que a história da Libertadores está repleta de viradas inesperadas. "Não basta ganhar o primeiro jogo; é preciso fechar com consistência. Se o Flamengo manter a disciplina que o ex-atleta destacou, tem tudo para avançar ao semi", finalizou.