Quem apostou que a chegada de Cristiano Ronaldo à Arábia Saudita poderia diminuir seu impacto financeiro no esporte se enganou. Pelo terceiro ano seguido, e quinta vez na carreira, o português aparece como o atleta mais bem pago do mundo, segundo o ranking atualizado da Forbes em 2025. Foram US$ 275 milhões embolsados nos últimos 12 meses, número que impressiona até quem já está acostumado com valores astronômicos no futebol.
Grande parte desse montante vem do salário milionário no Al Nassr, da liga saudita, mas os números realmente explodem por causa das parcerias e patrocínios que atraem marcas globais. A força de Cristiano nas redes sociais – são quase um bilhão de seguidores somando plataformas – transforma cada postagem em vitrine para empresas de todos os setores. O Cristiano Ronaldo virou sinônimo de retorno garantido para quem aposta no potencial de influência digital.
No restante do top 3, o impacto esportivo também se alia ao marketing. Stephen Curry, maior nome do Golden State Warriors e da NBA, faturou US$ 156 milhões, muito além do salário nas quadras graças à parceria contínua com a Under Armour e contratos de mídia. Tyson Fury surge em terceiro, com US$ 146 milhões, surfando não só nos bolsos das lutas milionárias do boxe, mas também no carisma sempre midiático do britânico.
Outra surpresa do ranking foi a queda de Lionel Messi para a quinta posição, fechando o ano com US$ 135 milhões mesmo mantendo contratos pesados com gigantes como Adidas e Apple. A mudança para o Inter Miami, na Major League Soccer dos EUA, trouxe menos visibilidade internacional do que tinha em Paris e influenciou diretamente essa queda. A marca Messi ainda vale muito, mas a concorrência está mais agressiva do que nunca.
Quem chama atenção pela ausência é Kylian Mbappé. Depois de anos consolidado entre os mais bem pagos, o francês não aparece sequer entre os dez maiores ganhos. Já Karim Benzema, jogador também radicado na Arábia Saudita, ficou em oitavo com ganhos de US$ 104 milhões.
O futebol americano teve apenas um representante no top 10 deste ano. Dak Prescott, quarterback do Dallas Cowboys, garantiu a quarta vaga geral com US$ 137 milhões, impulsionado principalmente pelos megacontratos da NFL – entre salários e bônus astronômicos.
O top 10 ainda reserva espaço para outros gigantes das quadras e arenas. LeBron James, multiplataforma como sempre, chegou aos US$ 133,8 milhões na temporada, com receitas vindas não apenas do Los Angeles Lakers, mas de campanhas publicitárias, produção audiovisual e investimentos. O beisebol também marcou presença, representado por Juan Soto (US$ 114 milhões) e Shohei Ohtani (US$ 102,5 milhões), ambos nomes em expansão dentro e fora dos Estados Unidos. Kevin Durant, da NBA, fecha o grupo com US$ 101,4 milhões.
Mesmo com as mudanças na cena esportiva e os fluxos de dinheiro indo para novos mercados, uma coisa ficou clara neste ranking da Forbes: todos os integrantes do top 10 ganharam, pelo menos, US$ 100 milhões nos últimos 12 meses. O dinheiro do esporte profissional se espalhou por diferentes modalidades, mas os grandes astros ainda lideram um campeonato à parte quando o assunto é faturar alto, seja no gramado, no octógono ou nas redes sociais.